sexta-feira, 19 de junho de 2009

PARALISAÇÃO DE AULAS DA REDE PARTICULAR


Nesta sexta feira, 19, alguns professores da rede particular de ensino cruzaram os braços. Suas reivindicações são relativas ao piso salarial. “No ano de 2008 nós conseguimos organizar o dissídio coletivo e assim ganhamos o direito de reposição de 37% no piso salarial, mas os proprietários de escolas recorreram da decisão e ofereceram cerca de 5%, mais um ganho real de 2% baseado no Índice de Preços ao Consumidor (IPC)”, porém esse reajuste tinha a condição de nós esquecermos o dissídio e tudo que já tínhamos conseguido, esclarece o presidente do Sinpro, Kléber Ibiapina (Sindicato dos Professores e Auxiliares em Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí),mas estamos esperando o resultado, pois ainda encontra-se sub judice,afirma o sindicalista.
Os sindicalistas saíram em carreata passando por algumas escolas particulares. Nós acreditamos que algumas escolas fecham as portas e de maneira muito discreta intimidam os professores, explica Kleber Ibiapina.

No ano de 2002, cerca de dez professores de uma escola particular foram demitidos sem explicação, logo depois de aderirem a uma paralisação. Ricardo foi um desses professores, “ voltei das férias, e eu e nove colegas fomos demitidos sem maiores explicações, porém o diretor da unidade avisou que era isso que faria com professores que aderissem a greves”.


O que se pode observar destas paralisações é que os professores que param são os que já estão a um longo tempo no mercado. Professor Waldemir jucá, diz lamentar esta prática dos colegas de não adesão a greve, pois é o salário deles que está em discussão, eu não preciso mais reivindicar, afinal meu salário já é um dos melhores, mas estou aqui, porque apoio a categoria.


Algumas escolas de Teresina não funcionaram na manhã de hoje, mas as que funcionaram receberam a visita da carreata. Essa visita não foi pacífica em todas as escolas. O professor Espedito, dona da escola Mérito D'Martonne diz não concordar com a forma de reivindicação dos professores. “Estes professores não têm uma postura democrática, esse sindicato é muito radical e estão atrapalhando as aulas da minha escola”.
A classe irá fazer uma avaliação da paralisação e deliberar sobre novas paralisações.

POR: Karla Salea

FOTOS: Karla Sales

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